segunda-feira, 28 de março de 2011

Melô- Drama: Versos sem Respostas



 
Há várias formas de se demonstrar os sentimentos por alguém escrevendo, cantando, oferecendo um presente. Mas nenhuma delas vale se não houver reciprocidade. Essa é uma maneira de saber se a pessoa gosta mesmo de você. Ninguém, que tenha um mínimo de afeição pelo outro vai deixar de retornar uma declaração, um verso ou uma ligação.
A música do Skank trata de uma pessoa que se apaixonou, porém não foi correspondido. Mas ainda há um sentimento, da parte do eu lírico:

Ainda lembro o que eu estava lendo
Só pra saber o que você achou
Dos versos que eu fiz
E ainda espero
Resposta

O drama: eu lírico está apaixonado.  Relembra os momentos bons que teve com o interlocutor. Seria tudo muito lindo, se esse tivesse o mínimo de trabalho em responder os versos do eu lírico. Mas o pior não é isso. Até aqui tudo bem. O mal está em esperar a resposta. Que eu garanto, ela nunca vira. Se a pessoa não respondeu depois de um tempo, você foi vítima da pegadinha do sumiço. E por favor, não de uma de louca, surtada, paranóica não insista na “resposta”. Assim como na música diga quem é, siga adiante, continue distante e procure outro. Afinal a fila não anda e sim disputa racha. Você merece coisa melhor. E a outra pessoa jogue- a para o cadastro de reserva. Quando não tiver nada para fazer é a última opção.



domingo, 27 de março de 2011

Histórias Dramáticas Carnavalescas (Parte 4)- O imprevisto



Os outros dias de carnaval foram marcados por um alto índice pluviométrico. Parecia que o mundo estava sofrendo outro diluvio. Quase tivemos que tirar o barco da garagem rumo à festa. A chuva resolveu parar a tempo de aproveitar os dois últimos dias.  Foi nesses últimos dias que o imprevisto aconteceu.

Dias antes de contestar a sua vida, dizer que certas coisas não aconteceriam com você elas acontecem. Você quebra a cara, ou melhor, morde a língua. Não que tenha sido ruim, ao contrário é muito bom ver que alguns preceitos seus estão errados. Fez a esperança retornar.  Lembra que nem tudo está perdido por mais que os últimos tempos tenham sido difíceis em algum lugar ainda há esperança.

Então percebi que algo precisava mudar. Deveria parar de tentar controlar meu destino e deixar a vida me levar. Que com certeza ela me levaria para o meu caminho certo. Mas na fase que estava já sabia que certas atitudes não eram compatíveis com o momento que estava vivendo, resolvi fazer mais um dos meus testes. Mudar algumas coisas. Deu certo. Não sabia qual seria o resultado. Presencieis momentos que não teriam acontecido se eu fosse a mesma maria dramática de carnavais atrás

O meu amigo Raulzito de todas as épocas tinha razão: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Se não tivesse arriscado a mudar meu comportamento esse momentos não teriam resultado em um pós- carnaval com novas experiências. A minha volta teria sido simples apenas lembrando-se dos que passaram e não fizeram diferença alguma na minha vida não acrescentaram em nada. Sei que é uma reflexão muito filosófica para um do carnaval. Sou assim penso no mais inevitável em momentos mais impróprios. Talvez por isso que o imprevisto aconteceu no lugar menos inimaginável possível.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Palpite para que te quero




Aceitar que os seus amigos dêem palpite em seus relacionamentos não é uma boa idéia. Cheguei essa conclusão quando me chamaram de louca. Não sou louca. Talvez só um pouquinho. Na verdade sou dramática ao extremo o que às vezes pode parecer que sou louca, mas sou completamente sã. Eu juro pela minha sanidade mental.

 Confesso que o drama foi desnecessário. Até certo momento pareceu tão necessário, tão cheio de razão. Fiz meu show particular. Perturbei a vida de todos. Eles não agüentavam mais me ouvir. A opinião de terceiros fez transformar meu bom humor em mal humor, minha alegria em raiva. Nessa mudança é impressionante como fico chata.  O estranho é seus amigos não irem para longe de você. Continuam ouvindo minhas reclamações. Suportando meus argumentos insanos e absurdos.

 Na minha visão de doutrina majoritária justificavam a razão de tudo sem nenhum fundamento racional. Não acreditava no que eles me diziam. Naquele momento qualquer coisa que eles falavam era porque pensavam no que eu queria ouvir, não era a manifestação da verdadeira opinião deles. Segundo os meus conceitos todas as palavras e frases eram em razão da minha recusa em aceitar a verdade, mais uma vez, escancarada na minha frente e eu insistindo em ficar cega.

 O tempo curou um pouco a raiva. A situação foi amenizada. Constrangimentos futuros foram evitados, mas os resquícios ficaram. O capetinha ficou e continua a me importunar. O fim é provável que seja o mesmo dos outros. As chances de dar errado são sempre maiores do que à de dar certo. Não por causa do meu drama esse é o meu jeito de ser o que não tem solução fácil. Nem mesmo em razão da consulta à opinião de terceiros, eles fazem parte da minha vida e sempre opinarão nela, mesmo que seja indevida. O resultado continuará o mesmo porque os meus problemas continuam os mesmos, mudam só o nome e o endereço.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Em uma Sexta qualquer....




Sexta à noite, em clima de tristeza, quando todos os seus amigos negaram seu pedido desesperado de beber, você resolve ficar em casa com a companhia da sua amiga fiel à cerva. Ao lado seu pior inimigo O Celular. Na mão de bêbado é um perigo. Porém, eis que existe seu melhor amigo.
Antes de começar seu plano de beber sozinho, coloque o número do seu melhor amigo na discagem rápida, alias deixe o telefone dele como o único. Bêbado é tudo zaroió, vê as coisas em dobro e rodando, você pode acabar ligando para o número que você quer evitar ligar. É não duvide, isso já aconteceu comigo, e não foi só uma vez, portanto ouça o que eu digo é faça.
No telefone aproveite e solte toda a sua raiva. Xingue o cachorro. Fale o quanto idiota ele é. Como ele é cafajeste. Acabe a desempenho sexual dele. E demore o tempo que quiser. Afinal é seu melhor amigo, não faz mais que a obrigação te ouvir. Passou a fase da raiva. Comece a jogar a culpa do fracasso do seu relacionamento em você. Fale do que você deveria ter dito e não disse e do que você disse e não deveria ter dito. Do que não fez e deveria ter feito, e do que fez e não deveria ter feito. Passou a fase da culpa. Agora chore, chore, chore é chore. Diga o quando ama o cara, mesmo ele sendo cachorro, cafajeste e frouxo. Que ele é o amor da sua vida. Mesmo que no fundo você saiba que não é verdade, fale assim mesmo. No final ouça o seu amigo dizendo o quanto dramática você está sendo, que não precisa disso tudo, que ele ainda vai te procurar e que as coisas não estão tão catastróficas como você está pensando. Depois de acabar com metade da noite do seu amigo, seja amiga e desligue o telefone, deixe ele aproveitar o resto da noite.
E você vá dormir. Aliás, tentar dormir. Tente parar de chorar e pelo menos tente acreditar que seu amigo está certo só por essa noite. Ao acordar lembre tudo que você fez e sinta um alivio que quem ouviu seu barraco foi seu melhor amigo, não o dito cujo. Quando você menos espera ouve seu inimigo de ontem tocar. Quem é? O dito cujo. Agora veja quantas lágrimas derramadas em vão. Ligue para seu amigo, de novo. E diga o quanto dramática você foi, o tanto que exagerou nos seus devaneios.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Histórias Dramáticas Carnavalescas (Part 3)- Ops...e agora?




Entrei no ônibus, fui feliz procurar meu lugar. Sentei e avisei minha amiga que já estava a caminho. Ela também não acreditou na minha história. Mas enfim o importante era que de alguma forma o meu plano deu certo e eu ia chegar. Só não imaginei ainda sofreria alguns desvios pelo caminho. Comigo uma pequena coisa vira uma grande confusão. 

Pelo menos dessa vez meu companheiro de viagem não era esquisito como os outros. Guitarrista de uma das bandas da festa pelo menos teria boa companhia durante a viagem. Assim pensei até que o maldito do celular me atormentar, outra vez. Como disse é sempre inevitável ouvir uma parte da conversa, o resto descobri pela própria conversa. A namorada tinha acabado de terminar com ele, foi isso que ele me contou. Eu duvidei, se não duvidasse não seria eu, nunca acredito no que me falam principalmente se isso vem de um homem. Um relacionamento de 4 anos, a menina liga só para terminar no primeiro dia de carnaval. Muito esperto conveniente para ambos.  Foi um ótimo motivo para o dito cujo guitarrista puxar mais assunto. No fim já tava cansada não agüentava mais desviar das cantas dele. Até que ele era interessante, papo bom, gente boa. Apenas tenho alguns critérios de seleção e entre eles é ser mais alto que eu. Convenhamos com meus 1,78 é difícil de achar. Quando paramos na primeira parada vi os 1,5 m dele o que me desanimou. No fim ele ficou me ligando 2 dias seguidos, ainda bem que não insistiu mais.

No meio da minha curta amizade com o guitarrista eu acabei arrumando outra confusão. Como diria a minha amiga: “Uma mulher desse tamanho me apronta uma dessas, quando conto ninguém acredita”. O ônibus fez sua primeira parada, no meio da conversa nem ouvi onde tava. Achei que já tinha chegado à cidade. Desci, como desconfiei que não era a cidade perguntei para o meu mais novo amigo, ele disse que ainda não tínhamos chegado. Resolvi ir ao banheiro. Depois entrei no ônibus de novo.

Olhei para o lado, olhei para outro. Pareceu-me um o povo diferente. Não vi meu amigo, desci para conferir se era o mesmo ônibus, pelo menos ele ia para a mesma cidade. A surpresa veio quando fui conversar com o motorista. Fui informada que eu entrei no ônibus errado, o  certo era o da frente, que não estava mais lá. Sim minha gente eu consegui trocar de ônibus! Não seu como isso aconteceu, só sei que aconteceu. 

A grande pergunta era? E minha mala o que aconteceria com a coitada. Ela chegaria primeiro que eu, solitária na garagem da empresa. Desesperada com a situação ligo para minha amiga, na esperança de que ela consiga recuperar a minha mala. Depois de horas de risadas da minha situação consigo terminar de contar a história. 

Achei que estava tudo resolvido quando minha amiga me liga e diz que não querem liberar minha mala. Só eu poderia pegar. Com muito custo eles esperam minha chega. Para o meu azar o número da etiqueta da mala sumiu. Não queriam entregar por nada minha mala. Até que convenci eles que a mala era realmente minha assinei uma declaração. No fim tudo deu certo, eu cheguei depois da minha mala e fui feliz preparar para o meu carnaval. Fui assunto por pelo menos 3 dias de carnaval, ninguém acreditava na minha história. Mas eu juro por mais insano que possa parecer, foi tudo verdade. (continua...)

Obs: Eu sei que minha história está grande. Mas pensa foram 5 dias seguidos de festa é muita coisa para um post só. Prometo que o próximo será o ultimo...