Quando terminei o livro Razão e Sensibilidade não
acreditei na existência do caráter de Edward Ferrars. Para mim é inconcebível
existir alguém como ele que estava disposto a abdicar a uma vida de felicidade
e amor com Elinor por conta de um compromisso a muito tempo firmado com a pobre
e desprovida Lucy Steele. Sob o argumento
de ele ser um homem honrado, por isso, deve manter sua palavra à moça que o
amava. Afirmo que nos dias de hoje isso não aconteceria.
Se o livro fosse baseado nos relacionamentos do
sec. XXI na qual são fundados no egoísmo e no individualismo, as mulheres,
leitoras, acabaria no final proferindo palavras impróprias ao Sr. Ferrars. Pois, depois de páginas e páginas proferindo e
fazendo promessas de seu amor por Lucy ele acabaria a abandonando, após
conhecer Elinor sob o argumento de que ele não a ama, e, por isso, não poderia
se dispor de sua própria felicidade pela dela, agindo como os homens de hoje.
Também não acredito que na época em que o livro
fora escrito existisse algum homem com o caráter de Edwards de se importar com
o sentimento do próximo, ainda mais em uma sociedade burguesa, na qual não se
casava por amor, mas porque existia uma vantagem social ou econômica para tanto.
Por essas razões temo em dizer que a literatura de
Jane Austen é medíocre e mesquinha para os tempos de hoje. Porém, não posso
negar que ela trata do ideal de homem, afinal ela era mulher e o que nos
mulheres mais fazemos com o nosso tempo livre é idealizar o homem perfeito.
A literatura de Jane Austen é medíocre e mesquinha
para os tempos de hoje. Porém, não posso negar que ela trata do ideal de homem,
afinal ela era mulher e o que nos mulheres mais fazemos com o nosso tempo livre
é idealizar o homem perfeito.
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