sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O homem perfeito de Jane Austen





Quando terminei o livro Razão e Sensibilidade não acreditei na existência do caráter de Edward Ferrars. Para mim é inconcebível existir alguém como ele que estava disposto a abdicar a uma vida de felicidade e amor com Elinor por conta de um compromisso a muito tempo firmado com a pobre e desprovida Lucy Steele.  Sob o argumento de ele ser um homem honrado, por isso, deve manter sua palavra à moça que o amava. Afirmo que nos dias de hoje isso não aconteceria. 

Se o livro fosse baseado nos relacionamentos do sec. XXI na qual são fundados no egoísmo e no individualismo, as mulheres, leitoras, acabaria no final proferindo palavras impróprias ao Sr. Ferrars.  Pois, depois de páginas e páginas proferindo e fazendo promessas de seu amor por Lucy ele acabaria a abandonando, após conhecer Elinor sob o argumento de que ele não a ama, e, por isso, não poderia se dispor de sua própria felicidade pela dela, agindo como os homens de hoje.

Também não acredito que na época em que o livro fora escrito existisse algum homem com o caráter de Edwards de se importar com o sentimento do próximo, ainda mais em uma sociedade burguesa, na qual não se casava por amor, mas porque existia uma vantagem social ou econômica para tanto.

Por essas razões temo em dizer que a literatura de Jane Austen é medíocre e mesquinha para os tempos de hoje. Porém, não posso negar que ela trata do ideal de homem, afinal ela era mulher e o que nos mulheres mais fazemos com o nosso tempo livre é idealizar o homem perfeito. 

A literatura de Jane Austen é medíocre e mesquinha para os tempos de hoje. Porém, não posso negar que ela trata do ideal de homem, afinal ela era mulher e o que nos mulheres mais fazemos com o nosso tempo livre é idealizar o homem perfeito.

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