domingo, 26 de junho de 2011

A incasável rotina do filme de sessão da tarde



Sou péssima em primeiros encontros e raramente acho que sai bem. Sempre que repenso os meus passos acho que poderia ter feito de outra forma. É uma frase não dita e outra que não devia ter falado, ou eu falo demais sobre mim ou pouco demais, enfim sempre tem algum defeito. A verdade é depois do primeiro encontro sempre tenho a impressão de que já vi esse filme antes em todas as etapas do processo.
Nunca sabemos que roupa usar, ou se quer mesmo sair com o dito cujo, além do dinheiro que irá gastar com toda preparação e ainda sofre na depilação sem ter a certeza que o dito cujo irá procurá-la novamente. Fica naquele terrível e aterrorizante jogo de cancelar ou não cancelar, ir ou não ir, mas você já marcou, agora é questão de cumprir com seus compromissos.
Então apesar de todas as dúvidas você resolve encarar o fatídico dia. O dito cujo te pega em casa e surge à terrível questão há aonde ir, ele joga a responsabilidade para você e você a devolve afinal não gosta de homem indeciso quer que ele escolha o lugar, depois de alguns minutos de indecisão finalmente entram em consenso. 
Durante, tudo parece indo bem a conversa corre normal, você se interessa cada vez mais, vêm às malditas perguntas que você odeia ter que responder, mas responde mesmo assim. Na verdade na sua cabeça já tinha traçado cada resposta, no entanto na hora parece ser tão inútil, apenas decide ser você mesma. Afinal você pensa quem sabe dessa vez seja diferente sem joguinhos. No fundo você sabe que não é verdade e irá se arrepender desse pensamento, mas mesmo assim segue ele. Depois de alguns drinks decidem ir embora e vem a maldita hora. Aquela que você quer evitar o encontro inteiro, mas que sabe que terá de enfrentar em algum momento, se ela não vier duvide sinceramente da opção sexual do dito cujo.
Chegou o momento em que o cara tentará de todas as maneiras te levar para cama, usará de todos os artifícios. Dirá que não tem nada de mais, para você confiar nele, pressão psicológica será outro elemento. Ao contrário deles temos a nossa intuição e experiência para saber o que é verdade ou não. Não nos bastar dizer que não é malandro, afinal se alegou tem que provar. É o ônus da prova é sempre de quem alega.
No fim você consegue resistir, depois de todas as provações vem o momento tão esperado saber se o dito cujo vale à pena investir. Você espera que ele te procure depois. Reza para que tenha dado tudo certo e que ele cumprirá com todas as promessas feitas. Sabe que esse momento vai definir se você pode ou não confiar nele. E quando você percebe que ele nao é nada do que imaginou começa o processo de desilusão. No fim tudo acaba como uma reprise de filme da sessão da tarde, chato e cansativo de ter visto a mesmo filme e então a fita terá que ser rebobinada para um novo reprise.

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